sábado, 28 de agosto de 2010

algo NÃO redondo...

Era suposto transformar coisas bicudas em redondas, mas se com uma gargalhada, uma dose de boa disposição consigo transformar um problema bem "bicudo" numa bola de sabão redondinha que vai pelo ar fora até rebentar, há coisas simples que não consigo e não desejo especialmente tornar redondo, embora também os haja...
Estou a falar de livros...
São uns amigos muito especiais, companheiros de horas solitárias ou simplesmente companheiros que me fazem "voar" para outros lugares, aventuras, amores, dramas, ect, companheiros que me fazem rir e até chorar.
Uma amiga está neste momento a ler um livro que a mim me fez chorar. Grande leitora e leitora de qualidade, perdeu há pouco um ente querido e estranhei uma leitura tão triste. Um livro de José Rodrigues dos Santos, escritor, jornalista que bastante admiro, "A Ilha das Trevas".
Li este livro já há algum tempo e como leio em todos os pedacinhos de tempo livre, li-o nomeadamente nos transportes públicos. Triste figura a minha, com as lágrimas a escorrem , esquecida de onde estava e dos olhares que se fixavam em mim.
Os livros são na verdade de todas as formas e já os encontrei também redondos, em literatura infantil, que também aprecio. São, aquilo que eu chamo, passaporte para o sonho, para uma realidade paralela.
Aprendi a amar os livros desde muito cedo e a refugiar-me neles para me tele-transportar para um mundo diferente, lugares onde posso viver tudo aquilo que mais gosto, dependendo do momento.
Passo a mensagem...comprem livros e, se não gostarem de ler, ouçam-nos, se não puderem comprar, aluguem, mas não deixem de ler! E façam por escolher entre os vossos favoritos escritores portugueses que os temos não em muita quantidade (também somos um país pequeno), mas em grande qualidade (somos poucos mas bons) ...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

chuva

Hoje chove, uma chuvinha miúda, para mim muito agradável. Sempre gostei de chuva, brincar à chuva, estar sentada na praia a sentir a chuva a refrescar-me, ideias e corpo.
A chuva é como uma espécie de purificação. Para alguns ela pode ser um prenúncio de tristeza, mas para mim ela sempre foi um divertimento. Claro que tudo o que acontece em exagero, deixa de ser um prazer, para ser um castigo e quando digo tudo, é tudo mesmo, desde o maravilhoso sentimento de paixão, como o delicioso prazer de degustar uma boa refeição, como a refrescante sensação de chuva. Paixão a mais, torna-se obsessão, comida a mais, torna-se numa fonte de problemas e chuva a mais, também transporta um "montão" de problemas. Mas tudo em moderação, aproveitado no seu melhor, na quantidade certa, só traz felicidade e prazer.
Desde criança que sou anti-chapéus de chuva. Minha mãe obrigava-me a levar um para a escola e eu trazia-o fechado na mão, inclinando a cara para melhor receber aquelas "saborosas" gotas na cara. Claro que no regresso a casa recebia ralhete, mas sempre achei que o prazer que tinha sentido compensava tudo. Ainda hoje, adulta, sendo suposto "comportar-me como pessoa crescida" eu "esqueço" o chapéu e vou rua fora gozando as refrescantes gotas...mesmo no inverno...
Até podem dizer que sou louca, mas loucura saborosa que não prejudica ninguém, é mesmo loucura?! E também confesso...pouco me importa se me chamam de louca e muito menos me importa o que pensam de mim! Sou feliz e isso, meus amigos, ninguém me tira!
E no fim de tudo, sabem que mais?! Gotas de chuva, são redondinhas e eu em pequenina, desenhava-as na forma de uma lágrima e sempre com olhinhos e sorriso!

sábado, 21 de agosto de 2010

distante...

Tenho andado um pouco distante deste espaço. É o mal de querer tocar muitos instrumentos de cada vez...depois queixo-me que ficam alguns por tocar!
Os projectos são muitos e como redondinha que sou, os projectos são tanto ou ainda mais volumosos que eu...
O tempo é curto para tanta coisa que gostava de fazer, tanto que gostava de ver avançar, mas por isso mesmo, por o tempo ser curtinho ( afinal o dia só tem 24h e gastamos 8 para dormir, 8 para trabalhar (no mínimo), 2 para comer, outras tantas para cozinhar, fazer compras e outras obrigações caseiras, sobram 3 ou 4 para fazer os projectos avançar, divertir, ou simplesmente sonhar! É pouco e ainda há quem perca tempo em guerras! QUE DESPERDÍCIO!
Meus caros amigos, visitantes, leitores em suma, não percam tempo na vida! Em nada que não seja viver bem e com qualidade. Claro que precisamos de dormir e comer para retomar energias, mas até isso pode ser feito com qualidade!
O trabalho tentemos que seja o que gostamos e nos dá prazer, mas se isso não for possível (poucos têm essa felicidade extra), então tentemos que passemos essas horas a sorrir e a fazer os outros sorrirem! Pelo menos não desperdiçámos 8h em vão!
E pronto...vou partir para outro projecto agora! Até à próxima que espero seja em breve!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

" E no princípio era o verbo..."
Falta de cultura minha, talvez, mas nunca percebi muito bem esta frase, porque para mim, no princípio é a semente, o ovo, o espermatozóide...
Sem a semente que cai na terra e germina, não há plantas. Sem sol não há fotossíntese e por isso não há reprodução. Sem o espermatozóide ( que se esfalfa todo para ser o 1º, atrevido corajoso e determinado, que penetra no ovo, não há seres vivos (humanos ou animais. Sem o sol ( de novo) não há vontade, nem energia para fecundar a fêmea.
Por aqui chegamos à conclusão de que o início, a vida, começa em algo redondo.
Agora analisemos o fim, que será a morte...o anzol, a seta, a bala...são bicudos, afiados e mortíferos. O machado tem de estar bem afiado para cortar a árvore e a própria figura representativa da morte faz-se sempre acompanhar de uma bem afiada gadanha.
Resumindo, o que é redondo dá a vida, o que é bicudo e afiado tira a vida.
Até o orgão reprodutivo masculino que fornece a fonte da vida ( e do prazer também...porque não...) tem formas arredondadas. De tamanho maior ou menor, de maior ou menor espessura, a verdade é que é sempre arredondado! Diria eu que talvez o "objecto" mais desejado e que proporciona um dos grandes prazeres da vida...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

António Feio

Há uns dias faleceu alguém que muito admirava, tanto pelo seu trabalho como actor, como, e principalmente, pela sua forma de pensar e estar na vida.
António Feio, foi um homem que deixou a sua marca de uma forma super positiva, uma marca de coragem, de força, de luta e de firmeza de carácter.
Quando iniciei este blogue a minha ideia era transmitir boa disposição, criar um sorriso e falar de vários temas sempre rondando o "redondo" ( sorriso). A Vida é algo bem redondo: o nascimento, é o princípio do fim.
Falo hoje de António Feio porque queria que nunca, mas nem por um segundo, nos esqueçamos de que a vida é uma passagem muito breve para perdermos tempo com ninharias, mesquinhices, mal-querer. "Façam o favor de ser felizes" foi a mensagem de Solnado e esse é um dever, não só para connosco, mas principalmente para com todos os que nos rodeiam.
António Feio sofreu, mas nunca perdeu a esperança, nunca deixou de lutar e principalmente nunca deixou de sorrir.
Podemos "partir", mas vivemos sempre no coração de quem nos ama e só podemos ser amados se no nosso coração houver amor!
Tudo é redondo, tudo tem retorno, o mal, o bem, o sorriso, o grito, o beijo, o estalo...porquê então perder tempo com o que é mau quando há tanta coisa boa que podemos dar e receber?!
Às vezes digo que há pessoas que deviam de ser imortais, mas todos nós somos! Por isso preocupemo-nos em deixar uma mensagem de amor e alegria, porque será uma imortalidade que valerá a pena "viver"!
Bem-haja António, Solnado, Rosa Lobato Faria e tantos outros, conhecidos e desconhecidos, que serão sempre imortais!